Estados mais ricos ainda concentram PIB, mas participação cai, diz IBGE


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Imagem: SXC

Cinco estados brasileiros responderam por uma fatia de 64,9% da geração de riqueza no país em 2014. Segundo o IBGE, porém, essa participação vem caindo ao longo dos anos, como reflexo da retração na indústria nacional.

De acordo com dados divulgados nesta segunda (28), o PIB da fatia dos cinco estados mais ricos no PIB brasileiro caiu de 65,9% em 2010 para os 64,9% verificados em 2014.

A queda foi puxada principalmente por São Paulo, o mais rico, cuja participação no PIB caiu de 33,3% para 32,2% no período.

"O estado perde participação a cada ano desde 2010, acompanhando a perda da indústria de transformação", diz o instituto, na pesquisa Contas Regionais do Brasil 2010-2014.

De acordo com a pesquisa, a fatia da indústria na geração de riqueza do país caiu de 27,4% em 2010 para 23,8% em 2014.

Em 2014, o PIB do Brasil chegou a R$ 5,78 trilhões. São Paulo foi responsável por R$ 1,86 trilhão. O Rio, segundo mais rico, gerou R$ 671 bilhões.

Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná tiveram, naquele ano, PIB de R$ 516 bilhões, R$ 357 bilhões e R$ 348 bilhões.

Por outro lado, os dados mostram grande crescimento em estados com forte vocação para o agronegócio, cuja fatia na geração de riqueza do país cresceu de 4,8% em 2010 para 5% em 2014 - com um pico de 5,3% no ano anterior.

Entre 2010 e 2014, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul foram os cinco estados com maior crescimento do PIB.

Em todos eles, a variação no período foi superior ao dobro da média nacional, que foi de 9,7%. Em Mato Grosso, por exemplo, o crescimento acumulado foi de 26,7%.

O IBGE destaca que, no período, as regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul tiveram crescimento acima da média nacional, com taxas de 16,3%, 16,5%, 13,6% e 10,2%, respectivamente.

Já na região Sudeste, apenas o Espírito Santo superou a média nacional, com 10,1%. Os demais estados tiveram desempenho abaixo da média: Rio (7,7%), São Paulo (6,8%) e Minas Gerais (5,6%).

Fonte: Udop, com informações da Folha de S.Paulo (escrita por Nicola Pamplona)